terça-feira, 7 de outubro de 2014

o trigo de bits e bytes

Tava eu lá ‘pregadão’
Olhando pro nada
E ela pousou do lado.
Como quem não quer nada
Mas querendo todo aquele mundão

Ela queria tudo
E eu não podia fazer nada
E ela sabia disso
Mas escolheu ficar ali do lado,
Bem encima do ombro,
Bem perto do meu olho torto de botão

Xadrezão estilo grunge largado era eu
Ela de preto (pano? Pêlos? Penas?) que se dane!
Não dava pra gente tomar nada juntos nunca.
Uma porque eu vivia pregadão
Outra porque ela nem molhava o bico e já caia fora

E assim vivemos, ambos olhando para o milharal
Vem a ceifa, leva o que é dela
Venha a noite leva o que é dele
E quem sabe a gralha de cabelos curtos
E o espantalho que não é loiro um dia
Possam espantar outros milharais!