quarta-feira, 27 de maio de 2009

no leito de morte




então o velho chamou-os e a cada um que falava, lhes punha a mão sobre a cabeça.

sois o primeiro, unico, não houve nem haverá outro igual a ti!

como o templo erguido em duas colunas assim está o seu firmamento

sobre ti dois angulos convertem

sobre vós pertence a estabilidade de não vir ao chão

em ti está o comando como o da cabeça do cavalo sobre suas quatro patas

vós... infelizmente não tenho nada para vós... exceto maldição, afinal não és o próximo...

e o que direi de vos? se sois perfeito não preciseis de mais nada!

e fechando os olhos partiu....

sexta-feira, 15 de maio de 2009

[Cronicas da taverna] : Taverna a venda! (parte 1)




é exatamente isso o que você acaba de ler...

acabo de vender minha própria taverna!

não sei se pelo efeito do alcool, ou pelo pouco movimento que tenho (ou não tenho) visto por aqui,
mas foi esse consenso que cheguei após muita solidão e uns bons goles...

mas não vá embora agora! eu apenas entrego as chaves para a nova dona amanha, e antes que tudo isso mude de forma, cor, e ou tamanho, arraste mais o banco e me ajude a acostumar a ficar por aqui... sentado, pois em pé do outro lado do balcão, infelizmente nunca mais ficarei. -essas foram as palavras que eu disse ao jimmy (um marujo ruivo, que sempre me ajudava a servir as bebidas quando ancorava por aqui).



-Então raposo, é isso mesmo que você quer?
-bem... eu não sei... pelo menos foi o que a cigana disse!
-a cigana?
-sim (burp!), primeiro ela me pediu para ler a mão, sabes como sou superticioso, a vida no mar me ensinou a depender da sorte, depender até demais! como achei que não haveria nenhum problema, deixei...



-e... (?)
-ela correu seus finos e morenos dedos na palma da minha mão e disse sem pestanejar: me venda a taverna agora!
- e você vendeu né?
- é claro que não.... pelo menos, não naquela hora, mas no ouro dia...


(clique na imagem para ampliar)


aquela disgraçada veio atras de mim e me pegou pelo assunto que eu mais temia: os fantasmas do passado. ainda que com o sarcasmo todo, ela sabia que um temor me pegava, e continuou a conversa. por fim eu não sabia como mas atemorizado por tantas histórias de marujos que "foram, e nunca mais voltaram" fiquei com medo de ser o próximo e entreguei vendi a taverna para a cigana.

-e por quanto exatamente você vendeu ... a taverna?
-aí é que está outro problema... eu nem sei o preço, pois as contas andam muito altas por aqui e ela me fez a seguinte oferta:

"me passe a taverna e eu pago suas dívidas"

-PERAÍ! VOCÊ DEU A TAVERNA DE GRAÇA PRAQUELA VAGABUNDA?



*derrepente tudo virou uma briga que nenhum móvel ficou em pé... todas, mas todas as garrafas foram quebradas, o pouco que sobrou os bandidos e beberroes levaram embora... mais uma vez, fique só ... só eu e a taverna... ( ou o que sobrou )









Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais.