quarta-feira, 27 de maio de 2015

quando as imagens...




 tem  sido difícil.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Do meu lobo, do meu eu.

Hoje faz um ano que eu não vejo Ele.

Sempre quis "ter um" desde que vi nas brumas de avalon, numa cena em que um cara entra dentro da taverna segurando três deles e esbravejando por toda parte.

Em fim, uma namorada minha me disse que tinha um na cidade.
comprei escondido de minha mãe, disse que já havia comprado a um mês.
e assim, dentro de todo esse cambalacho me veio a existência UM CACHORRO.

Péssimo aluno de literatura no auge dos meus 16 anos, só me lembrava de uma pessoa que a dona Ione falava nas aulas do Zilda Pinheiro a noite, um tal de Gregório de Matos. pensei: foda-se quem é.... esse vai ser o nome do meu cachorro e em fim esse foi o nome dele.

cuidei do Gregório durante muito tempo, mesmo minha mãe mandando trocar a água dele aos berros porque já estava quente ou mesmo o vizinho reclamando do fedor que estava a merda por todo o quintal de concreto, o bichinho ainda era meu... ainda era eu.

adolescente idiota que eu fui... nunca cuidei dele como merecia.

Tivemos momentos muito bons. passeava-mos de bicicleta. ele sempre puxava, era a natureza dele.
bebia pouca água, comia pouca ração. mas adorava pão! sabia até alguns truques para ganhar um.

nunca foi muito social. não gostava de muita gente... carinho e sentar perto? humpf... nem pensar.
se eu me sentava perto, ele "arredava" como um estranho no ponto de ônibus.
reconhecia meu assobio em qualquer canto. e quando ele fugiu por causa de um ou outro portão aberto... ah que merda.... era eu correr que o bixo disparava. não preciso dizer pra ninguém o quanto eu era ele e o quanto ele era eu.

Em fim... não caberia numa alexandria todos os relatos que eu tenho do meu lobo chamado Gregório.

mas tudo tem um início, meio e um fim.

por fim (e adiantando e muito pra não chorar) recordo-me com dor de como foi difícil entrar numa sala de aula naquela manhã de exato um ano atrás, onde todos e quais quer negligenciavam que aquele adulto que estava ali na frente da sala nada mais era do que um adolescente com o coração partido em mil pedaços porque perdeu uma parcela generosa do seu eu. Gregório havia partido, minutos atrás de uma manhã de segunda feira depois de uma severa convulsão. eu senti o seu coração parar de bater exatamente debaixo da minha mão enquanto segurava a pata dele. ele apenas contraiu um músculo do rosto, como se desse um belo sorriso e olhou para o nada. 

me desculpem,  mas desta vez, o choro é livre... sem ironias. porque agora eu também choro. e muito.





terça-feira, 12 de maio de 2015

Linda, Louca e Livre


Uma mulher bonita (sensual/atraente e etc) é uma mulher que se descobriu assim... encontrou seu lado. não é uma pessoa que vive para agradar cabides e espelhos.

Veja internet afora quanto TESÃO vestindo dezenas de números a mais que as vacas secas francesas! essas sim estão no topo de uma cadeia alimentar

Rendinha? Roupa curta? Boas maquiagens? essas sabem misturar tudo sim e tirar um puta proveito! além de provar à elas mesmas que podem sim!

Ressalto que essa parada nunca estará ligada a peso ou número do manequim, é tudo sobre maturidade! não é sobre se aceitar... é sobre... se encontrar.

Você não fica em segundo lugar numa lista porque é mais gorda ou baixa ou tem o cabelo crespo/cacheado etc... seu segmento é outro! sua área de apreciação pertence a poucos! esses apreços embora raros podem muito bem parecer Taras, mas simplesmente é a mais pura fixação pelo que você tem e é. e mesmo assim muitas vezes você não se encontrou.

vai lá garota! viva um dia de cada vez, revire esse balaio de roupas loucas chamado internet e então se encontre!  cate um pouco de inspiração pra tudo quanto é lado! é como eu digo: A vida é um puta self service, não um chato a la carte...



quarta-feira, 6 de maio de 2015

O Som das gaivotas do inferno do quase.



Dentre as profundezas do inferno, soterrado nas areias que outrora eram águas, Há uma punição que sobrepuja todo e qualquer açoite, prisão ou mesmo tortura física.

Existe um lugar onde as pessoas nadam do alto mar de miséria para tentar chegar a um porto seguro,
entretanto descobrem que o cansaço as farão morrer na praia. então cansados de bater os braços contra a água pútrida e fétida, as almas desmaiam. Acreditando que ao desistir da luta ganharam, uma vez que o mar lá na outra terra sempre devolvia tudo de volta a praia. Amarga ilusão... Perdem tudo.

A alma acorda novamente em alto mar... Com madeira do que foi o barco para tudo quanto é lado e o som das gaivotas do inferno do quase por tudo quanto é canto, loucas para arrancar mais uma lasca de carne das costas e deixar o mar salgado banhar a ferida.

Então se acorda pela manhã e acredita que dá pra "braçar" até a praia e lá começa uma maratona que vai durar um dia inteiro de sol escaldante nas costas, que embora molhada, queima, tosta, arde e as gaivotas do inferno do quase continuam cantando esperando a hora que o mar vai parar de falsamente jogar e verdadeiramente vai puxar e você não vai conseguir e vai novamente desmaiar.

Isso poderia ser o inferno em si, mas seria muito egoísmo em pensar que eu tenho um inferno só para mim. No outro lado, lá na praia há alguém ou algo que eu quero muito. que se veste de preto, com grinalda preta e sempre acena e grita coisas que eu nunca consigo entender por causa dos barulhos das ondas, mas eu sei que é importante e por isso todos os dias eu tento chegar bem perto para ouvir algo.

Tem dias que eu desisto de tentar chegar na praia, as vezes eu só tento ouvir o que ela diz, as vezes eu só tento bater os braços para as gaivotas do inferno do quase não me devorarem, mas logo apago e lá se vai uma outra bicada... "Ai!" acordo no outro dia com o sol a pino e debruçado em cima de uma tábua boiando novamente.

Pra piorar eu nunca vi ela ir embora, ou mesmo tirar férias lá da mesma praia. 
tenho certeza que ela ou aquilo passa pela mesma situação ao me esperar desesperadoramente nesta grande canção ao Som das gaivotas do inferno do quase....





Esta é uma postagem estranha.
Meu eu está completamente feliz pelos filhos e a casa cheia.
mas a noite vem e me toma um espaço entre uma música e outra que não me resta outra coisa
a não ser escarrar pelos dedos e deixar que isso toque as teclas transformando.... nisto.