Certa noite enquanto eu concertava a minha moto pela enésima vez escorreguei numa poça de óleo e bati a cabeça. A vista ficou um pouco turva mas logo o rene do futuro apareceu e me estendeu a mão para levantar. Ele estava mais sóbrio do que o comum. e assim que eu me sentei num tijolo ele me disse: precisamos conversar.
disse que conhecia a história que eu já tinha percorrido e que nenhuma justificativa alteraria as situações a seguir: ele ia parar de me visitar. tentei indagar pra saber o que estava acontecendo, se foi algo que eu falei de meu pai (ou do dele - que é o mesmo), se foi algo que fiz, mas ele simplesmente disse que iria parar de me ver, porque da forma que estou levando alguns aspectos da vida, é bem provável que ele não exista realmente no futuro. tomou um ultimo gole da cerveja que estava em cima da mesa deu a partida na harley mas antes de montar nela ele voltou e disse:
você sabe que sempre deu uma ultima chance para muitas pessoas e elas aprenderam com isso, faça o mesmo! torne-se o que eu sou agora e caminharemos sempre.
montou na moto e partiu.
minutos depois eu acordei na garagem, ainda com as costas na poça de óleo, mas a cerveja estava zerada e tinha um charuto cubano de presente.