Há 13 anos
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
À MEIA PORTA
À meia porta,
é assim que ela sempre me atente
ela de roupão e chinelos e eu sempre de uniforme; entrego, recebo, sorrio e vou embora
é assim, todo sábado
mas um dia... um dia ela abre aquela porta toda...
e eu arruaço a vida dela!!!
olhos, boca, piercing... será tudo meu!!
sábado, 15 de agosto de 2009
[Cronicas da taverna] : Taverna cheia, Taverna vazia
Hoje a taverna estava cheia...
Mas não havia ninguem lá.
Havia música...
mas eu não escutei nenhuma.
Hávia bebida, é claro! mas o gosto,
eu nem sei...
Hoje foi assim, eu não errei em nada, mas porque tudo deu errado? Estavam todos e não havia nada. Jimmy estava lá, com duas "taverneiras" no colo. uma em cada perna, ele pestanejava para mim dizendo:" vamos rapouso, elas querem provar do seu vinho!" , Mas nada disso teria sabor. Nem o vinho... nem elas...
A tarde passou e chegaram os barris de tequila do Sr. José Cuervo e dos vinhos santiago. Não havia nenhum peso neles para mim... pelo menos para mim. Só parei de carrega-los quando os marujos me disseram que meus braços estavam vermelhos e meus dedos roxos. Nada sentia. nada sentia.... nada.
Nunca havia notado, mas periodicamente isso tem acontecido comigo, mais precisamente, semanalmente. até aí tudo bem. mas o estranho mesmo aconteceu quando cheguei na taverna e havia um velhinho próximo a porta, sentado perto de um barril. Completamente cego e com um sorriso sem um puto dente, ele me sentiu aproximar. abriu os braços e disse "olá minha querida!
não pude evitar, soltei um EPA! o,O' e o velho tambem me estranhou, abaixou os braços e soltou uma exclamação se desculpando: Me desculpe meu senhor, pensei que fosse a dona desta taverna. - O velho possuia um aspecto indígena porem uma cara muito simpática. Diferente dos indíos daqui.
continuando ele: - sou Sorro, um velho amigo da moça dona desta taverna, mas parece que ela não está. então eu me vou.
- Espera, sou eu qeu tomo conta desta taverna agora
- o índio me estranhou, me olhou com aqueles olhos sem um pingo de iris e me pergutou o nome.
- respondi.
ao ssaber o meu nome, aquele velho sorriso voltou a se abrir e tentou me abraçar.
- Ei senhor! Pare! estás a me estranhar?
- Não meu filho, a sua senhora sempre me dizia sobre você.
- Como assim? você não pode provar isso!
- então quem era o único que a chamava de raposa?
Pasmo dei um salto para tras e caí sentado. O velho apenas riu. Recuperando do susto, perguteio que trazia até a minha taver... er... a taverna da raposa, e ele me disse que toda semana, exatamente neste dia, a raposa fechava a taverna e saia do vilarejo. ninguem sabia onde ela ia "mas eu sabia" - dizia o velho. ela ia lá na tribo buscar mais um barriu de chá de ervas do mato. não sei se vendia, ou se ela bebia, mas a contribuição dela sempre nos ajudou muito. ficava por lá horas e horas conversando com todos. velhos, velhas, crianças, moços e moças...
pesssoalmente eu confesso que não entendí "cha aqui na taverna?", mas se fazia parte dela eu aceitei. para minha tristeza, tive que contar ao velho indio sobre a partida da minha raposa, mas ele não se entristeceu. nem se quer chorou. apenas me disse: quando alguem vive em nossas mentes, ela é eterna. nem a morte a segura.
- e eu (depois de um dia desses, entrando já em stafa e desespero. indaguei)? e esse vazio, velho? e o vazio que eu sinto hoje?
- e o velho, acendendo um longo cachinbo com penas na ponta, mirou os olhos cegos no horizonte oceanico e disse com um certo humor: "ah! devo ter me desencontrado com ela hoje então..."
de uma certa forma misteriosa, saquei o que havia.
me despedi do velho, carreguei o barril de chá para dentro da taverna, me acalmei e compreendi que, mesmo com ela ter faltado, ela ainda está aqui, e sempre sempre volta.
-esta é uma postagem de saudade.
Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais.
Mas não havia ninguem lá.
Havia música...
mas eu não escutei nenhuma.
Hávia bebida, é claro! mas o gosto,
eu nem sei...
Hoje foi assim, eu não errei em nada, mas porque tudo deu errado? Estavam todos e não havia nada. Jimmy estava lá, com duas "taverneiras" no colo. uma em cada perna, ele pestanejava para mim dizendo:" vamos rapouso, elas querem provar do seu vinho!" , Mas nada disso teria sabor. Nem o vinho... nem elas...
A tarde passou e chegaram os barris de tequila do Sr. José Cuervo e dos vinhos santiago. Não havia nenhum peso neles para mim... pelo menos para mim. Só parei de carrega-los quando os marujos me disseram que meus braços estavam vermelhos e meus dedos roxos. Nada sentia. nada sentia.... nada.
Nunca havia notado, mas periodicamente isso tem acontecido comigo, mais precisamente, semanalmente. até aí tudo bem. mas o estranho mesmo aconteceu quando cheguei na taverna e havia um velhinho próximo a porta, sentado perto de um barril. Completamente cego e com um sorriso sem um puto dente, ele me sentiu aproximar. abriu os braços e disse "olá minha querida!
não pude evitar, soltei um EPA! o,O' e o velho tambem me estranhou, abaixou os braços e soltou uma exclamação se desculpando: Me desculpe meu senhor, pensei que fosse a dona desta taverna. - O velho possuia um aspecto indígena porem uma cara muito simpática. Diferente dos indíos daqui.
continuando ele: - sou Sorro, um velho amigo da moça dona desta taverna, mas parece que ela não está. então eu me vou.
- Espera, sou eu qeu tomo conta desta taverna agora
- o índio me estranhou, me olhou com aqueles olhos sem um pingo de iris e me pergutou o nome.
- respondi.
ao ssaber o meu nome, aquele velho sorriso voltou a se abrir e tentou me abraçar.
- Ei senhor! Pare! estás a me estranhar?
- Não meu filho, a sua senhora sempre me dizia sobre você.
- Como assim? você não pode provar isso!
- então quem era o único que a chamava de raposa?
Pasmo dei um salto para tras e caí sentado. O velho apenas riu. Recuperando do susto, perguteio que trazia até a minha taver... er... a taverna da raposa, e ele me disse que toda semana, exatamente neste dia, a raposa fechava a taverna e saia do vilarejo. ninguem sabia onde ela ia "mas eu sabia" - dizia o velho. ela ia lá na tribo buscar mais um barriu de chá de ervas do mato. não sei se vendia, ou se ela bebia, mas a contribuição dela sempre nos ajudou muito. ficava por lá horas e horas conversando com todos. velhos, velhas, crianças, moços e moças...
pesssoalmente eu confesso que não entendí "cha aqui na taverna?", mas se fazia parte dela eu aceitei. para minha tristeza, tive que contar ao velho indio sobre a partida da minha raposa, mas ele não se entristeceu. nem se quer chorou. apenas me disse: quando alguem vive em nossas mentes, ela é eterna. nem a morte a segura.
- e eu (depois de um dia desses, entrando já em stafa e desespero. indaguei)? e esse vazio, velho? e o vazio que eu sinto hoje?
- e o velho, acendendo um longo cachinbo com penas na ponta, mirou os olhos cegos no horizonte oceanico e disse com um certo humor: "ah! devo ter me desencontrado com ela hoje então..."
de uma certa forma misteriosa, saquei o que havia.
me despedi do velho, carreguei o barril de chá para dentro da taverna, me acalmei e compreendi que, mesmo com ela ter faltado, ela ainda está aqui, e sempre sempre volta.
-esta é uma postagem de saudade.
Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Deduções
ninguem sabe quem é, filho de quem ou de onde veio.
só sabemos que ele ficou o dia inteiro deitado debaixo de uma arvore, com um copo de agua e uma folha verde dentro do prato. aquilo me irritou... irritou e muito. cara folgado, não quer trabalhar... VAMOS CONVERSAR!
dias depois ele apareceu por aqui, agora sabemos que ele é da cidade, pois ninguem daqui chama o outro de caipira. sinceramente não sei como ele ainda tá em pé, mas eu vou resolver isso logo logo... afinal, não adianta dizer SAIA! então... fique....
tá , eu sei que a unica professora do vilarejo tentou conversar com todos por perto que o certo ou o errado é apenas uma questão de opinião... eu concordo até, mas não pra ele!!! eu quero ele fora daqui!
risadinha pra cá, cigarrinho pra lá. ele já não me era mais problema até....
...até a filha do patrão querer "o da cidade".
Eu to aqui o dia inteiro com esses fenos, e ele lá dentro da combi colorida... ah! o patrão tinha que saber!!
sinceramente eu não sei mais o que fazer, só pode gostar de panhar! as mãos já estão roxas por causa do laço, e ele nem viu isso...
Já sei, se o gado chega a chorar com o marcador, quanto mais esse magrelo!
parecia até estranho mas eu me lembrei quando nos encontramos pela primeira vez. é bem antes do olho roxo dele, e de que ele disse que era o primeiro a chegar para afesta.
essa foi a pior coisa que já aconteceu, em algumas horas o magrelo parecia muitos, com cara de maricas, com crianças... parecia uma familia toda, e a mantaza começou...
quando todos estavam no chão... às poças.... eles partiram... mas esqueceram de olhar se eu estava respirando...
...e eu lembro do rosto de cada um deles...
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