quarta-feira, 18 de agosto de 2010

eu sou Jack!

Nessa noite fria enquanto comia um ensopado e rasgava um italiano pão, me lembrei de Jack Dawson (E a hilária situação em que ele, com toda sua pompa, vestido com o tradicional smoking ao começar a falar de sua própria vida "despe-se" do refinado jantar com os milhões de talheres e toma um pão com as mãos e "primitivamente" o rasga com os dentes). ao me deparar com tal situação um gigante imaginário livro caiu em minha cabeça e nele havia inumeros nomes "JACK" no indice e nos lugares dos números das paginas os protagonistas com seus chavões. subtamente me vi como um JACK (robin willians) , um cara com corpo de 40 anos e um mulecão de sempre!; folhas ventaram e eu me vi outro jack! soturno, sombrio e assustador... numa noite fria de um estranho natal... uma pedra acertou a minha cabeça que rolou até o pé de um outro jack! que a pegou com uma mão igual a um hamlet e com um olho torto e outro bem aberto me disse: Parolah or not parolah! its is the question! e chutando eu mesmo a cabeça de quem eu era, da poupa do navio para o alto mar pude ver aquele cranio que acertara um certo jack que surfava enquanto tocava violão dentro de um tubo de ondas. eu me acertei em cheio! chegando a beirada da praia me vi um senhor de logos bigodes, sem camisa e com uma ciroula e um copo de whiskey nas mãos, pelo que levandando da antiga cadeira de praia me aproximei de mim mesmo e disse: você está bem filho? não deu para ouvi-lo muito bem, pois um outro eu (ou seria jack) passara correndo com uma guitarra e um grupo de crianças na qual jurava eu que era uma escola de rock, whatever... apaguei...

acordei deitado numa mesa de necrotério, tudo escuro e gelado... olhei ao lado e me vi no corpo com um lençol negro que jazia ali a a dias... na etiqueta do pé estava escrito "jack, o estripador..."

o filme terminou, todos se levantaram e aplaudiram inclusive um senhor velho, com um longo soriso e sombrancelhas tenuantes... o nome? Nicolson... minto... esse é o sobrenome....
o primeiro É JACK!

domingo, 15 de agosto de 2010

[Cronicas da taverna] : Das uvas que a raposa roubou



Nesta noite fria que eu estava no cais, um estranho objeto veio até mim.
poderia ser mais um simples objeto e qualquer lixo do mar se não fosse pelo selo pirografado na madeira: destinado a Don Rapouso Ladreau.
De fato ou em fato (ou ato?) este tablado não veio até mim atoa. Sabia eu que este era uma das tábuas que cercavam o vinho que estava no navio quando o mesmo despedaçou-se.
E ele estava a me esperar quando eu chegasse ao cais. Estiquei a perna e com o pé molhado, arrastei-o até mim. peguei-o com a mão (e como tivesse pegado "parte" da minha história em minhas mãos) de certo que o mesmo se despedaçou. Pronto. mais próximo que minha própria vida não poderia ser. (despedaçado pelas próprias mãos). em fim, olhando as cascas boiando entre meus pés, pude contemplar tudo o que vivi nesta (duas palavras eu nao consegui ler.. desculpem...rs.. mas vou traduzir por)Viagem Ímpar. (continuando...) Alguns são sonhos, outros máscaras da realidade, mas tudo é passado. (o melhor, foi...)
Poderia eu ficar aqui a noite toda lamentando, ou reclamando ou viajando, mas não. mas não nesta noite, nesta noite!
em fim, levantei, tampei a garrafa de vinho e decidi viver...


- Escrito em 14/08/2010
por volta das 21:00
em la tavernetta
Santa Teresa - ES

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

uma chamada perdida



eram 5 da manhã quando tocou.
mas embora quisesse-se atender,
havia algo que dizia: deixe a chamada em espera...
... espera...
... espera...
... espera...
até que não mais tocou...
...sabia quem era e como encontrar...
mas ainda sim é uma chamada perdida...