domingo, 15 de agosto de 2010

[Cronicas da taverna] : Das uvas que a raposa roubou



Nesta noite fria que eu estava no cais, um estranho objeto veio até mim.
poderia ser mais um simples objeto e qualquer lixo do mar se não fosse pelo selo pirografado na madeira: destinado a Don Rapouso Ladreau.
De fato ou em fato (ou ato?) este tablado não veio até mim atoa. Sabia eu que este era uma das tábuas que cercavam o vinho que estava no navio quando o mesmo despedaçou-se.
E ele estava a me esperar quando eu chegasse ao cais. Estiquei a perna e com o pé molhado, arrastei-o até mim. peguei-o com a mão (e como tivesse pegado "parte" da minha história em minhas mãos) de certo que o mesmo se despedaçou. Pronto. mais próximo que minha própria vida não poderia ser. (despedaçado pelas próprias mãos). em fim, olhando as cascas boiando entre meus pés, pude contemplar tudo o que vivi nesta (duas palavras eu nao consegui ler.. desculpem...rs.. mas vou traduzir por)Viagem Ímpar. (continuando...) Alguns são sonhos, outros máscaras da realidade, mas tudo é passado. (o melhor, foi...)
Poderia eu ficar aqui a noite toda lamentando, ou reclamando ou viajando, mas não. mas não nesta noite, nesta noite!
em fim, levantei, tampei a garrafa de vinho e decidi viver...


- Escrito em 14/08/2010
por volta das 21:00
em la tavernetta
Santa Teresa - ES

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