Cinco vezes tremi
Quatro vezes uivou
Cinco vezes ouvi
não ha nada a se fazer
a não ser aguarda-la chegar
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pintei com azul as cicatrizes que possuo
e do meu corpo todo pelo trancei
beijei a mulher e os filhos
e a minguante vi nascer
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caminhei até o monte entoando cantos de lamento
mas nao olhava para o chao
pronto para a danca da morte
banshee se apresentou então
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com a mortalha alva e a máscara da morte a vi surgir
e um estridente canto de grito tive de ouvir
e esperando ela que eu em chão descesse os meus joelhos
não só eu, mas no espelho dos meus olhos ela pode contemplar
tamanho era o pasmo dela quando me vira suportar
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quatro vezes gritou
cinco vezes tremi
quato vezes tentou
cinco vezes resisti
sem tentar nada a fazer de mim se afastou
e honrou com corgem aquele que me gerou
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retornou o ruivo a casa
a mulher e os flhos beijar
de uma vida que não fora ceifada
de uma alma que soube lutar
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e então sobre a minguante todos cantam
aquele cuja banshee encarou e vivo saiu
cujos joelhos não se dobraram
e a ela resistiu...
Pena-de-Prata, Galliard dos Fianna