domingo, 29 de julho de 2012

falar a tempo

o tempo não resolve ou cura nada. apenas coloca outras coisas na sua frente para que você distraia a sua vista ou se foque em outro ponto. a morte por exemplo, é uma constatação de que o tempo anda. e que coisas que nunca conseguiriam ser feitas devem ser aceitas, e que coisas que poderiam ser feitas e não foram por algum motivo podem ser um motivo para se arrepender severamente, e que há coisas que poderão ser feitas, e elas podem ser feitas ou não, mas depende do quanto você aprendeu perdendo outras oportunidades passadas. portanto, faça o que deve ser feito. (e não pense no lado retardado), pense no lado bom da vida, das constatações que parecem subentendidas, mas se curtidas ou declaradas, sei lá.... um "você é uma boa pessoa" ou eu "gosto de conversar com você!" ou "você é um importante e leal amigo e é uma honra te-lo ao meu lado". prova que quando pessoas que amamos nos deixarem, teremos a sensação de dever cumprido, e que ele ouviu exatamente o suficiente o que eu queria dizer.

é estranho e engraçado quando me declaro para as pessoas que eu amo, para os meus amigos que tanto quero perto (ou os que sinto tanta falta), e para meus colegas (que eu quero que se aproximem mais)... muitos pensam: ou esse cara tá em depressão, ou tá com câncer ou aids ou tá achando que vai morrer numa estrada um dia....

se é alguma coisa aí em cima... eu não sei...mas eu acho que não. a verdade é que eu quero que apenas saibam... :)

não consegui falar para todos, o que penso e quero ainda, mas acredito que tenho tentado fazer valer as oportunidades e é isso.

terça-feira, 17 de julho de 2012

espirro com gosto de sangue...

oi blog! quanto tempo faz que eu não espanco você! né?

poisé... o tempo passou, o seu tempo passou, o meu tempo passou... mas agente continua amigo!

"amigo" (...)

a verdade é que eu vim aqui na beira do penhasco pra jogar pedras lá em baixo, e ver que tudo é um conjunto de apenas fatos sozinhos. o sol brilha pra todos, mas tá sozinho. tipo nós... tipo eu.

Não nasci com ninguém e vou morrer sozinho. e esse iato entre nascer e morrer é tão fixo quanto a corda bamba em que o equilibrista leva toda a sua vida, diante das luzes e das alturas, diante das vaias e das pipocas.... diante do quadro e dos livros...

... estou cansado.

Mas o fato é que cada vez em que o trem pega uma reta e vamos diretamente para um túnel, eu sei que depois tem uma luz.... o problema é quando a luz começa a ficar distante...

Não é perda de esperança, ou falsas esperanças. Eu sei que tem lá uma luz... mas é que a demora desta vinda me mata a cada segundo, e eu temo não conseguir enxergar mais quando ela vier...


Hoje estou a 3 dias de um encontro de motociclistas... (sabe aquela luz no fim do túnel? então! é ela!) eu sei que eu vou curtir muito, que eu vou rever meus amigos, colegas e conhecidos, que eu vou ter histórias da estrada pra contar, e que eu vou fazer amizades, e que na segunda feira, haverá uma pilha dobrada de problemas na escola, e em casa, mas eu vou caminhar por esses corredores como se estivesse tudo em mudo e em câmera lenta (sabe, tipo aqueles filmes em que a pessoa está em outro estado....) eu sei que saídas como essas, são bálsamos para alma ferida, endividada, entristecida, e/ou desanimada e eu sei que é um torniquete para a dor. mas até chegar o dia...

eu me sinto um lixo.


por exemplo: na quinta-feira (como já aconteceu com todas as outras quintas-feiras antes de outros encontros) eu passo muito mal, me doem as dobras dos braços e pernas, o estomago embrulha, e o mau-humor é explícito.

não sei se isso tem cura e nem sei se quero ser curado disso, mas tenho tentado conviver com esse monstro e é difícil.

... bem... é isso...

obrigado por me deixar vomitar em você. Pode ir se lavar agora.