Há 13 anos
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
[Cronicas da taverna]: Um segredo
ANTES DE MAIS NADA: PEÇO PERDAO A VC LEITOR QUE NAO CONSEGUIU ACESSAR/LER MEU BLOG/ULTIMA POSTAGEM POR CAUSA DO PESO DAS IMAGENS!
Para os que sabiam, os que nao sabiam e os que nem queriam saber (e ainda nao querem Rs...) segue adiante um rapido background do personagem principal da taverna da raposa!
"para ser sincero , pouco (sei) sabe-se sobre a figura existente. mas, recentemente, um navio apodrecido e incinerado foi encontrado ancorado na costa proxima. dentro dele, havia muitos livros, algumas cartas de navegaçao, pouco querosene, nenhuma polvora, todas as garrafas de rum estavam vazias, uma taça de latao (muito proximo a cor de cobre) e um diario antigo preenchido e lacrado. Tudo isso foi datado e lacrado na primeira visita ao velho le corbeau. Entretanto, na manha seguinte tudo estava revirado. Os guardas nao detectaram nenhum movimento brusco com exceçao das tochas apagadas durante a noite. Apenas dois itens foram levados: a taça e o diario.
Verdadeiramente nao ha vestigios da taça em lugar algum. entretanto, acerca do diario, ha claras denotaçoes. pois o mesmo foi removido com muita pressa deixando assim, cair algumas paginas queimadas pelo chao na qual copoem nosso procurado:
"Hoje mamãe foi morar com Deus, papai disse que Deus pediu pra ela e minha irmãzinha ficar junto d’Ele porque era melhor. Eu só não entendo uma coisa: achei que Deus só gostava de ficar junto de velhos e não de bebezinhos."
"... Cansado de esgrimar desde manhã (como sempre), passei agora, no final da tarde na vila e comprei um saco de trigo para meu pai como foi pedido... Roubei uma bela maçã só para não perder o bom costume... mon senhour Fidel está ficando fraco em seus reflexos. "
"Mais uma vez depois de muito tempo volto a escrevem em você! De fato as grandes doses de rum e as noitadas na taverna não me estão sendo muito proveitosas. Claro, depois que papai se foi, tudo que me sobrou foi essa ridícula padaria a céu aberto! Nem o escravo do criado do cocheiro do rei vem comprar aqui! Ainda dou um fim nisto!"
"Agora mon senhour loupé está me mostrando como degustar vinhos! Já que no teste da esgrima eu passei. Segundo ele, para mim só falta “l'art d'attirer” e a os “doigts légers”. Ele mal sabe que já estou com sua carteira! Hehehe."
"Esse barco fede! Mas, nada se compra com a incrível visão do por do sol! Amanhã pararemos na costa italiana e depois rumo à Holanda! Acredito que algo diferente está por vir. "
"Desgraça, nosso navio foi abatido pela frota holandesa. Fomos dados como inimigos por não apresentar nenhuma bandeira. Pelo que vejo nenhum tripulante sobrou a não ser eu. Agora no recôndito desta caverna me descanso sobre a pequena tocha de luz. Esse maldito diário foi a única coisa que me sobrou."
"Há também uma parte praticamente impossível de se expor, mas passiva de se transcrever... Muito curiosa por sinal:
Após uma semana e meia que cheguei aqui (sobrevivendo da maldita pesca e de alguns furtos de alimentos) vi a guarda real buscar por impostos. (claro que eu tinha o meu imposto para cobrar também! Um cavalo como aquele tinha que ser meu! A não ser que... espere! Acabo de ter uma idéia! Ninguém sabe quem o roubou, e o mesmo só foi dado como perdido! Caso eu o entregue poderia ter mercê ante o “rei Roux”. Que brilhante Idea!"
"...pois de um mês, fui entregar o tal cavalo que ha muito mencionei, o Rei pediu (através de seus súditos) que eu me dirigisse à sala do trono. Lá não encontrei ninguém, a não ser o regente próximo a uma mesa de escritório. Pra ser sincero, não havia nem um trono por lá. De inicio pensei ser uma emboscada, mas fiquei. O tal regente fez uns agradecimentos idiotas lá, que eu nem lembrava, pois estava a olhar para uma donzela ruiva que estava assentada no para peito (e que pei..) do segundo andar. Por fim o regente me jogou uma bolsa com moedas, que por distração acertou-me a cara em cheio e todas se espalharam pelo chão. Peguei-as uma a uma. Elas me servirão de uma bela roupa e um brilhante par de botas! Nada de rum... Bem eu acho! rs... Não sei se te disse isso, mas acredito que algo diferente está por vir."
"...Como eu estava dizendo. Algo diferente veio! Digo isto pois ha muito não escrevo em vós, e portanto parei por aqui! Naquela manhã seguinte, ALGO DIFERENTE VEIO em minha direção... Era a ruivinha do palácio. Aparentava uns 25 anos, ou seja, um pouco mais nova do que eu. Passou por mim, que fiz um gesto cordial que aprendi com o mestre (obligé M. loupé!) ela parou virou-se e disse: não sabia que um pirata, naufrago, tinha bons modos.... Como ela descobriu? Enfim... isso agora não importa, porque tem um cocheiro real, segurando o cavalo que eu encontrei ali na porta, pra me levar para o baile de hoje!
Ah! E as roupas nem fui eu quem comprou."
"Não preciso dizer que a (parte embassada) estava linda esta noite. Por causa do cabelo preso e uma ligeira mancha branca nas pontas, dei-lhe o apelido de “a raposa”, pela timidez, a atenção, a beleza, e a furtividade com que se move... não espere que eu dê explicações só pelo fato de chegar em casa agora na parte da tarde por que vc sabe..."
"Maldição, praga e desgraça! De que adianta essa fortuna toda em minhas mãos se mais uma vez a infausta morte me ronda novamente! Desta vez foi minha raposinha! Jurava eu não escrever em ti mais, entretanto pela desgraça que me ocorre, apenas tu és meu confidente! Nada agora me vale! Temo ser a ultima vez também te ver! Pois esta fortuna será transformada em litros de gim e rum!"
"Após todo aquele palacete perdido em jogatina, a única coisa que me sobrou de nobre foi o nome: Ladreau, que por sinal me lembra muito bem o que às vezes fui... Um ladrão. Nada tenho mais também o que fazer. Acho que voltarei para o mar."
"Recebi uma carta agora de manhã apenas com o seguinte destinatário: entregar ao esposo da princesa de Roux (como está no testamento) venha para o oriente Europeu o mais rápido possível!
De fato, o mar volta a ser minha casa. No entanto tenho que destacar uma coisa. Quando entrei no barco, um marujo muito magro com uma pena e um papiro nas mãos, me perguntou: precisa de um nome para estar aqui! (de fato eu pensei: “preciso”?... isso! Preciso!) então me virando para ele (e com o coração apertado de saudades da falecida amada) disse: Rapouso, Rapouso Ladreau!"
"Ao desembarcar por aqui sou pego por um fato estranho, a taverna deste lugar está fechada em plena sexta feira à noite! Bem... Não importa! Fui chamado para procurar o velho testamenteiro daquela vila para ver o motivo daquela carta que eu tinha recebido. E o velho disse: - Senhor...
- Ladreau
- certo, o senhor sabe por que está por aqui?
- não senhor!
- sua digníssima e falecida esposa me ditou este testamento logo em sua juventude, e o mesmo estava dedicado ao seu único e viúvo marido (caso viesse a se casar). Como o felizardo é o senhor...
- mais respeito pela morte d’ela!
- não senhor,de forma nenhuma a desrespeitaria! Refiro-me a felicidade de receber esta inusitada herança: todos os bens que possuo nesta terra, eu ofereço a meu esposo em vida incluindo terras, casas, criadas e animais...
- e...
- E uma taverna no leste europeu!
-hã?
- exatamente o que o senhor ouviu! A taverna fechada logo adiante do cais é sua senhor ladreau!
Enfim, como eu já tinha perdido tudo, apenas dei um sorriso cordial para o testamenteiro, e peguei a escritura, neste momento, não sei o que sentir emocionalmente, mas eu sei que to com uma vontade de beber um velho rum do cais..."
"Na manha seguinte, fui até a taverna. Com a chave velha e dei duas voltas. A taverna se abriu. Tudo estava intacto (pelo fato dos vândalos...), cadeiras, copos, mesas, vidros, garrafas cheias estocadas (aff...) e um balcão... mas espere... tinha uma boneca no balcão, aproximando-me dela, vi que não era uma boneca simples, era uma boneca de porcelana pintada das cores de uma carnavalesca veneziana. Guardei-a nos quartos do fundo da taverna."
"Pronto. Após 3 dias. A taverna está completamente limpa e pronta para receber, malandros, ladrões, bêbados e p... Enfim... Todo tipo de gente. Terminando de varrer a porta da taverna pensava em colocar uma tabuinha bem chamativa na porta... Até que veio um garoto e me disse: De quem é a taverna? - eu olhei pro céu, olhei pro chão e disse: é da raposa! ... É da raposa..."
Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais.
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Um comentário:
Agora sim, carregou rapidinho. Pena q as imagens naum tenha dado certo, pq iria ficar muito bacana. E parabéns pela história! A trama dela é sensacional. Aguardo novos posts!!! ^^
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