sábado, 15 de agosto de 2009

[Cronicas da taverna] : Taverna cheia, Taverna vazia

Hoje a taverna estava cheia...
Mas não havia ninguem lá.

Havia música...
mas eu não escutei nenhuma.

Hávia bebida, é claro! mas o gosto,
eu nem sei...

Hoje foi assim, eu não errei em nada, mas porque tudo deu errado? Estavam todos e não havia nada. Jimmy estava lá, com duas "taverneiras" no colo. uma em cada perna, ele pestanejava para mim dizendo:" vamos rapouso, elas querem provar do seu vinho!" , Mas nada disso teria sabor. Nem o vinho... nem elas...



A tarde passou e chegaram os barris de tequila do Sr. José Cuervo e dos vinhos santiago. Não havia nenhum peso neles para mim... pelo menos para mim. Só parei de carrega-los quando os marujos me disseram que meus braços estavam vermelhos e meus dedos roxos. Nada sentia. nada sentia.... nada.

Nunca havia notado, mas periodicamente isso tem acontecido comigo, mais precisamente, semanalmente. até aí tudo bem. mas o estranho mesmo aconteceu quando cheguei na taverna e havia um velhinho próximo a porta, sentado perto de um barril. Completamente cego e com um sorriso sem um puto dente, ele me sentiu aproximar. abriu os braços e disse "olá minha querida!

não pude evitar, soltei um EPA! o,O' e o velho tambem me estranhou, abaixou os braços e soltou uma exclamação se desculpando: Me desculpe meu senhor, pensei que fosse a dona desta taverna. - O velho possuia um aspecto indígena porem uma cara muito simpática. Diferente dos indíos daqui.

continuando ele: - sou Sorro, um velho amigo da moça dona desta taverna, mas parece que ela não está. então eu me vou.
- Espera, sou eu qeu tomo conta desta taverna agora
- o índio me estranhou, me olhou com aqueles olhos sem um pingo de iris e me pergutou o nome.
- respondi.



ao ssaber o meu nome, aquele velho sorriso voltou a se abrir e tentou me abraçar.
- Ei senhor! Pare! estás a me estranhar?
- Não meu filho, a sua senhora sempre me dizia sobre você.
- Como assim? você não pode provar isso!
- então quem era o único que a chamava de raposa?

Pasmo dei um salto para tras e caí sentado. O velho apenas riu. Recuperando do susto, perguteio que trazia até a minha taver... er... a taverna da raposa, e ele me disse que toda semana, exatamente neste dia, a raposa fechava a taverna e saia do vilarejo. ninguem sabia onde ela ia "mas eu sabia" - dizia o velho. ela ia lá na tribo buscar mais um barriu de chá de ervas do mato. não sei se vendia, ou se ela bebia, mas a contribuição dela sempre nos ajudou muito. ficava por lá horas e horas conversando com todos. velhos, velhas, crianças, moços e moças...

pesssoalmente eu confesso que não entendí "cha aqui na taverna?", mas se fazia parte dela eu aceitei. para minha tristeza, tive que contar ao velho indio sobre a partida da minha raposa, mas ele não se entristeceu. nem se quer chorou. apenas me disse: quando alguem vive em nossas mentes, ela é eterna. nem a morte a segura.

- e eu (depois de um dia desses, entrando já em stafa e desespero. indaguei)? e esse vazio, velho? e o vazio que eu sinto hoje?

- e o velho, acendendo um longo cachinbo com penas na ponta, mirou os olhos cegos no horizonte oceanico e disse com um certo humor: "ah! devo ter me desencontrado com ela hoje então..."

de uma certa forma misteriosa, saquei o que havia.

me despedi do velho, carreguei o barril de chá para dentro da taverna, me acalmei e compreendi que, mesmo com ela ter faltado, ela ainda está aqui, e sempre sempre volta.




-esta é uma postagem de saudade.

Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais.

Um comentário:

Natty disse...

Acho que vc vai gostar deste post:
http://professoranatalia.blogspot.com/2009/08/orkut-para-alunos-e-professores.html

Pra minha cidade e as minhas turmas não dá muito certo, mas acho q vc vai saber usar com mais sabedoria.

xD