quarta-feira, 14 de julho de 2010

Die my darling





Ele se apaixonou perdidamente por Ela
Ele adorava a lua, Ela odiava o sol
quando na dança da noite o sangue emergia
nEle os olhos brilhavam, nEla dos lábios escorria
até que chegou um dia em que entre as carícias
e num farejo bem íntimo, um outro lado revelou,
um outro lado que os dois conheciam muito bem,
mas apenas o lado dEla se mostrou...

abraçados, caminharam sobre a luz da minguante
até que no penhasco Ele parou... e olhando para Ela
com a pálida pele, pediu entre beijos que lhe abrisse o colo
pois havia em suas mãos um presente que combinaria com tamanha beleza
quando num êxtase falso mostrou-lhe o seio aberto
em pouco tempo pode ver
a estaca e o sangue
sobre o peito coberto
O corpo frio que não respirava tão pouco excitação sentia
agora inerte com uma estaca no peito ali jazia.
Ele também não tardou e sobre a lua um longo e triste uivo hurrou

então assentado a beira do precipício, aguardava o Hélios surgir
e de desde o inicio com o fone de ouvido
só uma música pulsava no repeat: Die My darling

Hélios veio, e uma leve brisa e brasa tocou o rosto lobo...

Um comentário:

Ind Caroline x) disse...

De uma forma de outra, será que não é isso que fazemos inconscientemente toda vez que amamos? enfiamos uma estaca no coração do alvo do nosso sentimento? Alguns por vontade, outros simplesmente por não saberem o que fazer...!
Muito bom mesmo... ameei!!