domingo, 7 de junho de 2009

[Cronicas da taverna] : Taverna a venda! (parte 2)

São duas horas da manhã...
não sobrou nada na taverna...

"Quer saber de uma coisa? amanhã eu não abro a taverna mesmo, então o que me resta é o sono."

quando ali pelas quatro horas da manhã, ouço um barulho, abro os olhos querendo não ver. mas não dá. logo adiante, na minha cama um fantama! um fantasma?



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de fato não deu para dete-la! "aquela ladra escapou do meu quarto pela janela mas não levou as chaves que estavam em cima do criado mudo..." fiquei intrigado com aquela "aparição" e tentei voltar a dormir, mas enquanto o sono não vinha, tentava responder as questões que me vinham a mente: quem é aquela mulher? de onde vem? por que ela quer a taverna? o que será que tem...

esperaí! tem algo naquela taverna?
"nessa hora meu amigo sono, nem se o senhor viesse a cavalo com uma marreta e um travesseiro de penas eu o aceitaria!"

Nãoperdi tempo, passei no porto resolvi chamar o jimmy (um marujo ruivo, que sempre me ajudava a servir as bebidas quando ancorava por aqui). ele disse que era para mim ira na frente, porque estava preso a uma "mesa de 21"... "bom é... esse não vem".

ainda animado por estar sendo roubado (afinal, quem é "roubado" tem alguma coisa de valor)... quando derrepente um cara aparece bem atras de mim e me aponta a espada:
señor Rapouso, não ouse virar-se... (é! ele pediu demais!) não resistí a tentativa de morrer e me encontrar com minha amada! mas ainda havia algo maior. o presente que ela me deu. a taverna. a taverna daraposa! quando me virei percebi que essa cara não era nova, nem tão pouco desconhecida. esse puto estava na taverna quando a cigana tentou ler a minha mão!
com um golpe por de trás, tomei a pespada da mão dele e pressionei contra seu próprio pescoço!
"quem é você? o que você quer?" tremendo e muito suado ele não dizia nada. aproximeia a lamina na narganta dele e ele me disse quese eu me afastasse ele diria, pois estava muito nervoso. "não rapouso, não faça isso - pensei comigo mesmo - ele vai fugir...".


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soltei o homem....

ele fez que ia tossir inclinou o corpo tomou algo e caiu. morto.

não foi nem necessário olhar a pulsação do sangue dele... os olhos já dizem tudo!

a caminho da taverna me encontrei com Jimmy entramos lá. (um fato estranho: a rua estava bem movimentada....) enfim....


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Taverna vazia. copos quebrados um maravilhos cheiro de rum (sorriso) derramado no chão (tristeza) e todos os bancos revirados...
mais nada! literalmente nada... apenas uma... coruja? que estranho! uma corjua em cima do balcão. com aqueles olhos grandes e aquela cabeça torta... nao era para uma coruja estar lá. cheguei abanando as mãos ela não fez nada. "xi! xi!! sái!" e ela apenas me olhava. derrepente me aproximei e ela fez algo estranho: deu dois passos (isso mesmo) dois passos para trás, e uma reverencia com a cabeça! pensei: muito bem "dona coruja" sei ser educado com quem é comigo. e ignorei a "educada ave". passei adiante do balcão com o jimmy e abri a porta dos fundos onde ficavam as palhas, as garrafas e copos de reservas (nunca utilizados... agora terão suas estréias).
quem é que agente encontra lá? a cigana! tá. eu ia conversar mas o jimmy não deixou. com aquela cara toda de psicopata, passou a mão numa ripa e acertou a gatuna. horas depois ela acordou e aí deu pra começar o interrogatório...


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- de porrada nunca é tarde! né moça? - disse o Jimmy.... rindo...
- deixe-a jimmy, deixe-a falar. o que te traz a MINHA TAVERNA ? rum eu sei que não é... afinal, vc viu o que você fez?
- eu não fiz nada - graniu a cadela - você apenas me deu a taverna, esse gordo ai do seu lado deu um berro e olha o que aconteceu.

vendo eu que a "mocinha" não queria me livrar do fantasma coisa nenhuma resolvi entrar no jogo....

- então a senhorita ia me salvar e eu fiz tudo isso né?
- exatamente dom rapouso! não ve que esse monte de rum está enfestado de fantasmas? marujos que já se foram pelos mares e nunca mais voltaram graças a sua bebida!
- certo! oh! como pude ser tão mal embebedando puros homens honestos! - e com um tom de ironia passei a mão na tocha que ficava nos fundo, e a acendí com o "foguinho" do lampião que nunca ficava apagado no balcão. nessa hora uma insanidade tomou conta dos meus olhos, jimmy ficou asusstado ao me ver, tropeçou e caiu em cima de uma mesa - que tal resolvermos esse problema então dona vidente?
lancei a tocha sobre o bocado de palhas que num instante começou a incendiar... ela desesperada dizia que não era para fazer isso que os fantasmas não iriam perdoar tudo isso... e eu apenas de braços cruzados (com muito ódio) olhava quela mulher acorrentada cheia de fogo em volta. estranho ódio que eu nem entendia o porque. afinal, o medo de fantasmas é meu, a taverna é minha, toda essa besteira de superstição era minha... algo dinha de mudar. o interrogatório tinha de mudar. derrepente, a coruja apareceu na porta do fundo, e voou em direção a cigana, beliscou-lhe uma, duas, tres, quatro vezes as pernas. a cigana já estava em desespero e grintando assustadoramente quando num pinote mostrou um buraco por debaixo do assoalho. nesse pequeno minuto, a coruja queimada e machucada entrou nessa espécie de "toca".

recobrando a consciencia, apaquei o foto e empurrei a cigana para um lado com o intuito de salvar o coruja que apenas queria um abrigo. coloquei a mão na toca e ganhei um belo beliscão. nessa hora a cigana não fazia mais sentido. o que me chamava a atenção é essa coruja saber esse estranho e (muitas vezes) barulhento lugar. machucado com a mão eu disse:

- argh! viu o que sua galinha fez? falando com a cigana, referindo-me a coruja! (rs..)
- essa coruja não é minha. ela só está querendo o que eu quero.
- como assim?
- você não vê? "dom" rapouso! todas essas prateleiras na taverna, não tem a altura de "porta-garrafas", todas essas estantes aqui, empilhadas no fundo da sua taverna não são suporte para suas imundas roupas.
- do que você está falando?
- essa taverna era uma biblioteca!
- o que?
- buuuuaAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH! - jimmy não aguentou!
- peraí jimmy. o que você quer dizer exatamente?


suspirando e muito chateada por entregar "o segredo" assoprou....
- isso aqui não era uma taverna, pelo menos antes de você e de um outro dono chegar.
isso aqui era antiquario e uma biblioteca. o problema é que o imundo do meu marido, que por sinal era a sua cara. apareceu comprou isso aqui e transformou numa taverna.

- olha só minha senhora, vc vai me desculpar mas não é por aí não. eu recebi essa taverna de herança..

- é logico que eu sei disso! a sua "raposa" aquela bandida... comprou isso aqui nem sabendo do valor que isso tinha, engavetou tudo aqui nos fundos e continou com a taverna...

- e o que exatamente vc vem fazer aqui então?

- hum... lembra da "curujinha" ? tenta pegar ela denovo!

nesse instante olhei pro jimmy e ele dise: podeixá patrão... isso é moleza pra mim. ele efiou a mão no buraco do assoalho e ainda que com beliscadas e mais beliscadas retirou a coruja viva delá.

- não tá vendo (grasnou a cigana)
olha ai!, apróximando-me do buraco, percebi que haviam livros... muitos livros... um andar abaixo inteiro de livros!

"e o que eu faço com uma ladra cultural?"
"ah patrão! a faxineira da nossa embarcação tem faltado a uma semana, e a fragata precisa partir. seria muita maldade leva-la para lá? nossa embarcação tem faltado!"...

num sinal cordeal ao jimmy disse que sim e então ele a "encaminhou" para o porto!

ah! só mais umas coissa: quem era o cara que me abordou com a espada?
- era um outro rapaz supersticioso - pensava que você tambem era um fantasma! (...) só isso?
- não! tem mais outra coisa: a "bandida" aqui é você! (paft!). (ninguem chama minha raposa de bandida...)

fim da história.
jimmy de volta para o mar (com a sua donzela) eu aqui, com uma garrafa já no fim, uma coruja e um andar abaixo de mim. cheio de livros....

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epilogo.

na semana seguinte arrumei a taverna e resolvi transforma-la num lugar mais "cultural" rs... puxei uma estante para próximo do balcão. afinal, ninguem vem aqui de manhã, e no fim da noite fico eu aqui... o que é melhor do que uma leitura pra companhar?... abri o assoalho, e coloquei uma escada. o lugar era grande. muito grande. literalemente um andar abaixo. muitos livros velhos econstados, empoeirados e sujos por causa das goteiras de rum... na prateleira do canto havia um livro estraçalhado pelo bico e as garas da pequena coruja onde a mesma dormia. o livro se chamava "Monumento". caminhei para a escrivaninha que estava no centro. e vi um outro livro Cuja capa era Rubra e havia um marca-página bem no ínicio. escrito assim:


"nossa história jamais caberia nessa biblioteca, nem em nenhuma. o que vivemos nenhum livro será capaz de contar. sei que quando leres isto não estarei mais aqui, mas sempre que quizer me trazer de volta... leia... escreva! (assinado sua raposa) "

com lagrimas nos olhos apanhei o livro empueirado e abraçei-o fortemente.


.... o livro estava em branco. era um novo diário...





















Esta nota é uma forma de creditar os diretos autorais.
As imagens contidas nesta postagem referem se a obra denominada "le scorpion" pertencentes aos autores Enrico Marini (arte) e Stephen Desberg (roteiro). não possuem o fim lucrativo, degradação da imagem do personagem e nem o intuito de roubo de direitos autorais
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6 comentários:

Laguardia disse...

Muito obrigado por sua visita ao Blog Brasil Liberdade e Democracia. Seus comentários são sempre benvindos.

Hoje no Brasil estamos precisando da união de todos para conscientizar os eleitores de que para um Brasil de que nos possamos orgulhar com políticos éticos, honestos e um país com verdadeira justiça social é necessária a descontinuidade do governo mais corrupto que o Brasil já teve.

Conto com a sua participação nesta luta.

Seu blog foi acrescentado a minha lista de blogs

Mic disse...

eu confesso que tinha ficado com preguiça de ler rsrs
mas acabei de ler agora e posso dizer: ficou ótimo!!

essa cigana, vo te fala um negocio, é danada..a coruja tbn..

e agora? Sr Rapouso, o que vais fazer com tantos livros? Talvez os seus "clientes" começam a filosofar..literalmente..rsrs

tbn estou ansiosa para ler, se é que vc vai nos contar, o que vc vai escrever nesse diário.

EDIMAR SUELY disse...

Olá,

Passando para conhecer seu maravilhoso espaço e desejar um lindo final de semana e muita paz em seu lar.

Smack!

Edimar Suely
jesusminharocha.blig.ig.com.br

Naty disse...

Cara... que foda!

Eu me vi na coruja! Você sabe o quanto eu adoro corujas.
xD

Aguardo o livro.

=D

Anônimo disse...

pow natty! valeu mesmo!
a intensão é essa mesma: incorporar aos poucos, uns personagens da nossa blogsfera no mundo do rapouso... "um são coisas, outros, pessoas... e outros até animais.." ce acredita? rs...

em fim, o "Easter egg" da brincadeira tá na coruja, cujo ninho se faz sobre um livro chamado monumento. (que por sinal, é a postagem (do seu blog) ao qual lhe baptizei coruja das letras!)
espero que tenha gostado!.

com o tempo outros personagens virão.

Naty disse...

Eu adorei! De coração!
=D

Muito boa esta ideia de incorporar pessoas da blogsfera nas suas cronicas. Eu irei copiar a sua ideia qualquer dia deste, se vc não se incomodar.

xD