sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

FÚRIA




Há certa hora em que isso não dá pra controlar.

E essa merda não tá ligada com a lua ou com o maldito sol que vai castigar isso aqui pelos próximos 4 ou 5 meses.

A tal raiva dos atrasos do dia a dia não chega nem perto da explosão do ataque de fúria que subitamente aumenta a pulsação de sangue nos meus olhos e todos os músculos e nervos doem desde o trapézio até a ponta do osso dos dedos das mãos. Sinto-me como se algo começasse a estralar desde o topo da coluna, colado ao crânio, e descesse até o meio do tórax e pára.

A dor e insuportável!

Inclino-me para frente, na tentativa de desestralar a coluna e o peito dói com o pouco de ar que ainda há lá dentro. A traqueia dobra de tamanho forçando a saída desse ar, mas a garganta tá fechada e os dentes (que já doem a mais de meses) estão cerrados... Ar e saliva escorrem por entre os dentes...

Os braços cruzados sobre o peito lembram um abraço, que traria amor, mas na verdade são apenas as próprias unhas nas costas para mudar o foco da dor.

e tudo acontece quando eu paro um instante para pensar...

"Nunca vi um ser tentar racionalizar e só a besta encontrar"

Não há muito o que dizer....

Mas se eu pudesse escrever o que eu sinto...

... Não caberia aqui ...

E até o seu teclado estaria molhado...

Um comentário:

Ind Caroline x) disse...

mudar o foco da dor é uma boa, mas quando se pode, evitar q ela aconteça é o melhor!
tarda mar num fálha! :P